Olhando a historia da matemática logo percebemos a pouca presença feminina nas grandes descobertas. Será isso um indício de que matemática é "coisa de homem", que a Inteligência feminina é muito diferente da masculina ou até incapaz de lidar com as ciências abstratas?
Nada disso é verdadeiro. No decorrer da história percebe-se quão difícil foi para as mulheres se dedicarem às atividades científicas (até o século XIX as mulheres simplesmente eram proibidas de estudar nas melhores escolas científicas da Europa). Assim, o preconceito intelectual e a falta de oportunidades não poderiam deixar de afetar a contribuição das mulheres na matemática.
Felizmente essa realidade vem mudando substancialmente. Hoje, os primeiros contatos dos jovens com a matemática se dão na maioria das vezes por intermédio de uma professora! E no meio acadêmico é cada vez mais significativa a presença feminina.
Dentre as notáveis mulheres que se dedicaram à matemática, a russa Sofia Kovalevskaya notabilizou-se por um grande interesse e dedicação pela Rainha das Ciências, deixando contribuições de altíssimo nível na física-matemática.
Como não lhe era permitido estudar na universidade, encontrou um jeito de ter aulas particulares de matemática superior com o grande matemático Karl Weierstrass, o qual ficou profundamente impressionado com o talento da jovem aluna ao solucionar vários problemas difíceis que ele lhe passara de início.
Em 1874 recebeu o grau de Doutora em Filosofia pela Universidade de Göttingen. Em 1888, aos trinta e oito anos de idade, conquistou o prestigioso Prêmio Bordin da Academia Francesa de Ciências com o seu trabalho Sobre o problema da rotação de um corpo sólido em torno de um ponto fixo.
Mas Sofia Kovalevskaya não se dedicava apenas à matemática. Tinha um grande conhecimento de física e astronomia e também se dedicava à literatura. Tendo inclusive se destacado como escritora de romances e poemas. Também era uma ativista política. Envolveu-se com vários movimentos políticos e sociais, mantendo contato com líderes revolucionários russos, poloneses, alemães e franceses.
Até seus últimos anos foi professora de matemática superior na Universidade de Estocolmo.
Diga o que você sabe, faça o que você deve, conclua o que puder – era seu lema.
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